Para as autoridades sanitaristas, o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, parece estar cada dia mais forte. Em Canindé, a Secretaria de Saúde desenvolve um projeto inédito no Estado no combate à dengue. É o Projeto Pesca Pupa.
De acordo com a secretária de Saúde de Canindé, Clara Medeiros, diversas ações são desenvolvidas por agentes de endemias do Município, com o apoio da Coordenadoria Regional de Saúde, agentes comunitários de saúde, Núcleo de Mobilização Social, Programa Saúde da Família, Secretarias de Meio Ambiente, Infra-Estrutura, Educação, Agricultura, Igrejas Católica e Evangélicas, emissoras de rádio, alunos de escolas do Município, professores, coordenadores e associações comunitárias.
Segundo ela, o "Pesca Pupa" tem a participação dos agentes de endemias que descobriram que o pó de larvicida mata a larva do mosquito, mas não mata a pupa. "É feito um trabalho da seguinte maneira: os agentes pescam a pupa e jogam fora da água. A temperatura se encarrega de matá-las, porque elas não resistem por muito tempo fora d´água", explica. "Para que possamos desenvolver esse trabalho, é preciso apoio. O prefeito Cláudio Pessoa colocou toda a infraestrutura das secretarias para o trabalho ser desenvolvido".
O diretor do Núcleo de Endemias do Município, José Vanderlan Teixeira Medeiros, diz que 22.603 domicílios serão visitados em 31 localidades, dando prioridade aos locais onde o índice de infestação do mosquito estiver alto. Ele mostra como se reproduz o mosquito.
Já na segunda fase, as larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior parte do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água.
A duração de fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25° a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado. "A pupa agora é a nossa grande preocupação. Essa é a última fase aquática do mosquito. Depois desse processo ele está pronto para voar e começar seus ataques fazendo suas vítimas. A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Não é afetada por ação da larvicida. A duração da fase pupal em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média", mostra o diretor de endemias da cidade.
"Depois de grandes investidas, descobrimos que a pupa se mantém flutuando na superfície da água, o que facilita a emergência do inseto adulto. Essa fase é dividida em cefalotórax e abdômen. A cabeça e o tórax são unidos, constituindo a porção chamada cefalotórax. A pupa tem um par de tubos respiratórios ou abdômen, que atravessam a água e permitem a respiração, por esta razão nós estamos atacando com muito rigor também a pupa. Os agentes fazem a captura e jogam fora da água, porque fora de seu habitat natural, ela morre", assegura a secretária de Saúde de Canindé.
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