terça-feira, 21 de junho de 2011

Piauí tem 8.690 notificações de dengue ( até quando vamos receber notícias como essa )

Em três dias, a Secretaria da Saúde (Sesapi) catalogou mais 351 novas notificações de dengue. No boletim da Coordenação Estadual de Vigilância Epidemiológica da última terça-feira (14), o Estado tinha 8.339 registros da doença. Nesta sexta-feira (17), o número subiu para 8.690. Somente em Teresina, já são 3.184 casos.
Quando é feita a comparação entre junho deste ano e o mesmo período de 2010, os dados são ainda mais preocupantes. Ano passado, a contagem era bem inferior, em somando 5.287 notificações. O aumento é de 64,4%. Outra revelação é uma leve alteração no número de casos de Febre Hemorrágica do Dengue, de quatro para seis pacientes. A Dengue com Complicação permanece com 30 notificações e não há notificações de Síndrome do Choque por Dengue.
Até essa sexta-feira estão confirmados somente dois óbitos em decorrência da doença. As equipes da Sesapi continuam sendo deslocadas para o interior do Estado a fim de reforçar ações de controle da dengue junto às autoridades nos municípios. “Também estamos treinando agentes de controle de endemias nas cidades do interior. Essa semana, por exemplo, estamos na região de Oeiras”, diz Inácio Pereira, coordenador de Vigilância Ambiental da Sesapi.
O técnico reforça o pedido para que a população mantenha o cuidado com a higiene dos domicílios e mantenha reservatórios de água fechados. “Após o período chuvoso aumentam os riscos dos focos da doença e é importante que as pessoas se mantenham vigilantes, porque há uma tendência de aumento nos casos”, sinaliza.
Veja os municípios mais afetados pela dengue no Piauí Acauã (84 casos) Avelino Lopes (67 casos), Bom Jesus (253 casos), Cocal (61 casos), Corrente (142 casos), Esperantina (160 casos), Floriano (92 casos), Jacobina (77 casos), Luís Correia (139 casos), Matias Olímpio (173 casos), Monsenhor Hipólito (88 casos), Parnaíba (527 casos), Paulistana (162 casos), Pedro II (166 casos), Picos (125 casos), Piracuruca (175 casos), Piripiri (831 casos), Redenção do Gurguéia (105 casos), São João do Piauí (59 casos), Teresina (3.367 casos).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Número de mortes por dengue este ano no Rio é três vezes maior do que 2010!!!

Entre janeiro e junho de 2011, foram registradas 95 mortes. No mesmo período do ano passado, foram 21 óbitos

Balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8) informa que, de 2 de janeiro até o último dia 4, o Estado registrou 95 mortes em consequência da dengue.
Segundo a pasta, no período, foram notificados 122.086 casos suspeitos da doença. Só neste mês, o número de notificações chegou a 44. Em maio, foram 20.923.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de mortes em 2011 é três vezes maior (em 2010, foram 21 óbitos entre janeiro e 9 de junho).
A quantidade de notificações este ano é sete vezes maior do que em 2010, que somou 15.012 suspeitos da doença até junho.
A capital lidera o número de óbitos, com 31 vítimas. Em segundo lugar, aparecem os municípios de São Gonçalo, na região metropoliltana, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com nove mortes cada. Nova Iguaçu, também na baixada, vem logo atrás, com oito óbitos.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, dez municípios enfrentam epidemia de dengue: Cordeiro, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mendes, Volta Redonda e Cambuci.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Rio Grande do Norte em estado de calamidade pública !!!

RN já tem 14 mil casos de dengue
Secretário informa que previsão dos especialistas era de apenas 2 mil ocorrências da doença ao longo de 2011


O número notificações de casos de dengue no Rio Grande do Norte já chega a 14 mil. A informação foi dada ontem pelo secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, durante uma audiência de autoridades públicas do setor com deputados da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Na ocasião, Arruda também destacou que, no início de 2011, especialistas previam que a doença não atingiria mais do que 2 mil pessoas, ao longo de todo o ano, no estado.


Arruda: estado registrou maior número pacientes em situação grave no NE Foto :Carlos Santos/DN/D.A Press
Ao longo da audiência, o secretário também lamentou o fato do estado ter o maior número de casos graves da região Nordeste, situação que alarmou o Ministério da Saúde. Segundo ele, um dos problemas da alta incidência da doença em Natal foi a irregularidade da coleta de lixo. Domício Arruda afirmou que todas as cidades brasileiras que tiveram problema com o lixo aumentaram proporcionalmente os números de casos de dengue.

Ajuda

Outro encontro para debater problemas relacionados à dengue, que aconteceu ontem, ocorreu na Sesap e contou com o coordenador do Plano Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho. Da discussão, as autoridades da área saíram com a informação de que a epidemia da doença passará a ser combatida e tratada com ajudas substanciais do Governo Federal, em 10 ou 15 dias. Giovanini Coelho reuniu-se com os secretários de saúde do Estado e de Natal.

Dentro de uma semana, os primeiros investimentos já deverão ser realizados em hospitais de Natal. Segundo Domício Arruda, leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) deverão ser instalados nos próximos dias. "Já na próxima semana, dez leitos voltados para o tratamento semi-intensivo serão abertos no Hospital Infantil Maria Alice, para tratamento de casos de dengue", afirmou ele. Já no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel passará a funcionar uma unidade inteira de terapia intensiva, voltada exclusivamente para o tratamento de pacientes com a doença, dentro de 15 dias.

Para isso, o Governo do Estado contará com a parceria da Prefeitura Municipal do Natal para a contratação de médicos e enfermeiros que componham o quadro de saúde dos hospitais e as unidades possam ser abertas.

Acompanhando o seu desenvolvimento comum, a epidemia deverá acabar dentro de 60 dias. Por isso, os investimentos na área de tratamento e combate deverão ser urgentes. Segundo o que foi acertado na reunião, até a próxima quarta-feira os executivos estadual e municipal deverão apresentar planos de combate emergenciais ao Ministério da Saúde. "Assim que os projetos chegarem ao ministério serão prontamente analisados e a verba será liberada", afirma Giovanini Coelho. Segundo ele, o principal objetivo deste momento, em que a epidemia está próximo do fim, é impedir as mortes. O estado já teve registrados, até o dia 14 de maio, 22 casos de óbitos suspeitos de serem causados pela doença.
 

8 mil casos de dengue no Para !!!

Informe da Sespa confirma mais de 8 mil casos de dengue
09/06/2011 17:51
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Da Redação
Agência Pará de Notícias
O15º Informe da Situação da Dengue no Pará, divulgado nesta quinta-feira (8), pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), aponta que de 1º de janeiro a 28 de maio foram notificados 17.613 casos da doença, dos quais 8.229 foram confirmados, sendo 8.107 de dengue clássica (DC), 98 de dengue com complicação (DCC), 21 de febre hemorrágica da dengue (FHD) e três casos de síndrome do choque da dengue (SCD).
De acordo com dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), os municípios com mais casos notificados são Belém (1.854), Santarém (1.543), Altamira (1.524), Parauapebas (1.023), Marabá (1.022), Tucuruí (616), Ananindeua (603), Itaituba (455) e Paragominas (453). Em relação aos casos confirmados, os municípios com maior registro são Santarém (1.428), Altamira (1.360), Marabá (1.014), Parauapebas (961), Tucuruí (590) e Paragominas (435).
Já foram registrados oito óbitos por dengue no Estado, sendo três em Belém, dois em Pacajá, um em Santarém, um em Soure e um em Tucuruí. Ainda há nove mortes que podem ter sido causadas por dengue, e continuam sendo investigadas.
Até agora foram confirmados 21 casos de dengue tipo 4 (DENV4), sendo 18 em Belém, um em Ananindeua, um em Oriximiná e um em Dom Eliseu.
Os 18 casos de dengue tipo 4 em Belém ocorreram em nove bairros - Maracacuera, Águas Negras, Tenoné, Pratinha, Cabanagem, Marambaia, Marco, Canudos e Condor. Em todos os casos os pacientes não apresentaram manifestações hemorrágicas e foram curados.
Avaliação - Para minimizar o impacto da circulação do novo vírus, as Vigilâncias Epidemiológicas de Belém e Ananindeua realizaram investigação de campo para avaliar os casos e determinar a amplitude da circulação viral, além de identificar onde os pacientes se infectaram e intensificar o combate ao mosquito adulto e às larvas, por meio de controle biológico e químico.
No que tange à pesquisa sobre circulação dos tipos de vírus em Belém, a Sespa informa que foram examinadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) 399 amostras de sangue encaminhadas pelas Unidades Sentinelas e pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), das quais 79 tiveram resultado positivo para a dengue e foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas para análise.
Só a Unidade Sentinela do Hospital Abelardo Santos encaminhou 271 amostras, das quais 44 deram positivo para dengue. A finalidade desse trabalho é apenas identificar os sorotipos que estão circulando pela cidade.
Seguindo diretriz do Ministério da Saúde, continua a vigilância de casos graves e óbitos suspeitos de dengue, exigindo que os municípios informem em 24h à Coordenação Estadual de Controle da Dengue a ocorrência de casos graves ou suspeita de óbito pela doença. O objetivo é realizar o bloqueio vetorial na área e evitar que mais pessoas adoeçam.
Foram internadas 563 pessoas com suspeita de dengue, sendo 350 em Belém, e 213 em outros municípios paraenses. Desses, sete pacientes continuam sob avaliação médic

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tragédia na saúde !!! Em 24 horas, Rio confirma quase 1.000 novos casos de dengue

Os casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegaram a 56.026 notificações confirmadas. Em apenas 24 horas, a capital fluminense anuncia 993 pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypt, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. 

Para diminuir a possibilidade de subnotificação, principalmente na rede privada de saúde, cerca de 50 profissionais de saúde da rede privada participam na quinta-feira (2) de um treinamento promovido pelo Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro, para diagnosticar precocemente casos de dengue. 

A medida foi tomada por que os órgãos responsáveis pela captação das notificações de dengue e os especialistas consultados pelo R7afirmam que a maior parte dos casos não informados ao poder público não são repassados pelas instituições particulares. 

Com esse diagnóstico, o número oficial de casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro pode ser bem maior do que o contabilizado pela secretaria de saúde, segundo admite o superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica do Estado, Alexandre Chieppe. De acordo com ele, embora em escala menor, há subnotificações em quantidades consideráveis, que beiram a quase 50% dos casos leves. 


Mortes por dengue 

Somente este ano, 88 pessoas morreram de dengue no estado do Rio, 31 apenas na capital fluminense. De acordo com o último balanço, divulgado na última quarta-feira (1º) pela Secretaria Estadual de Saúde, de 2 de janeiro a 28 de maio foram notificados 117.922 casos suspeitos da doença. 

Mobilização para acabar com focos 

A segunda mobilização contra a dengue na cidade do Rio de Janeiro identificou e destruiu 5.466 focos do mosquito Aedes aegypt e 6.611 possíveis criadouros, no último sábado (4). A iniciativa partiu da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. 
Ao todo, 10 mil pessoas participaram da ação, entre voluntários e funcionários da prefeitura. Os agentes percorreram cerca de 700 km em diversos pontos da cidade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Calamidade publica no Rio de Janeiro um novo caso de DENGUE a cada 5 minutos

Os casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegaram a 43.675, uma média de 314 infectados por dia ou 13 por hora, valor que resulta em praticamente um novo caso confirmado a cada cinco minutos. 

Além disso, dois bairros de Pedra de Guaratiba, na zona oeste, e em Bonsucesso, na zona norte, registrando índices da doença em níveis já considerados como surto ou epidemia, de acordo com as informações divulgadas nesta quinta-feira (19) pela Secretaria Municipal de Saúde. 

As taxas de incidência de dengue nesses dois alcançaram patamar acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes, índice utilizado pela prefeitura do Rio para configurar como surto da doença ou epidemia. 

Como todos os dois bairros citados possuem menos de 100 mil habitantes, as taxas, mesmo projetadas com base em cálculos estatísticos, não são consideradas precisas pela Secretaria Municipal de Saúde. 

O aconselhado pela prefeitura seria agrupar os bairros vizinhos, como as regiões administrativas, de forma a verificar uma população superior a 100 mil habitantes. Caso não seja possível agregar as regiões, a comparação deve ser feita com base na série histórica de anos em que houve epidemia. 

A doença reemergiu no Município do Rio de Janeiro em 1986, a partir deste ano a doença se tornou endêmica apresentando anos epidêmicos. A média das taxas de incidência em anos não epidêmicos é de 27 casos a cada 100.000 habitantes., já a média dos anos epidêmicos é de 470 casos a cada 100.000 habitantes. 

Mortes 

Apenas nos primeiros cinco meses de 2011, o número de mortes por dengue no Rio de Janeiro registrou um aumento de 62% em relação a todo o ano de 2010. Até a última quarta-feira (18), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 70 mortes, contra 43 contabilizadas entre janeiro e dezembro do ano passado. 

Levando-se em conta a última semana, foram quatro mortes. A média de pessoas com suspeita da doença no Estado chega a 639 por dia, resultando em um total de 95.931 casos. 

As mortes foram registradas nos seguintes municípios: Nova Iguaçu (7), Duque de Caxias (5), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (8), Maricá (1), Mesquita (1), Rio de Janeiro (26), São João do Meriti (4), São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (2), Itaperuna (1), Rio das Ostras (2), Barra Mansa (1), Belford Roxo (2), Campos dos Goytacazes (2), Angra dos Reis (1), Queimados (1), Seropédica(1) e Barra Mansa (1). 

Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro observa epidemia nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. 

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antônio de Pádua, Mangaratiba, Cantagalo, Quissamã, Mesquita e Guapimirim. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Infectologistas divulgam carta aberta expondo preocupação com ações voltadas ao combate à dengue no RN

Os infectologistas do Rio Grande do Norte estão cada vez mais preocupados com os problemas relacionados à dengue no estado. A Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI) divulgou, neste fim de semana, carta aberta expondo a opinião sobre as ações do Poder Público para prevenir e tratar os problemas ocasionados pela dengue e expôs as opiniões acerca da estrutura disponibilizada atualmente. Para a SRNI, é necessário que os gestores municipais e estadual de saúde que coloquem em prática medidas de controle eficazes e financeiramente viáveis para o enfrentamento da atual situação de epidemia no Estado. 

Apontando problemas referentes à carência de leitos, desabastecimento das unidades, deficiência nos serviços e falta de equipes completas nos serviços de atenção básica dos municípios, a SRNI defende o funcionamento permanente de comitês, estadual e municipais, de caráter deliberativo, “onde os problemas sejam discutidos de forma multidisciplinar e as ações propostas sejam efetivadas e divulgadas amplamente”.
Na opinião dos infectologistas, as ações tomadas com relação ao combate a dengue, neste momento, não são suficientes para solucionar o problema.

Confira a carta.

Carta Aberta à População e aos Excelentíssimos Senhores Secretários de Saúde dos Municípios e do Estado do Rio Grande do Norte

A Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI), em reunião extraordinária realizada em 26/04/2011, deliberou pela emissão do presente documento como meio de alertar os cidadãos e autoridades de saúde norteriograndenses para a grave e atual situação de Dengue em nosso estado, que ameaça tirar a vida de mais pessoas, especialmente se não gerenciada corretamente. Tal assertiva foi corroborada pela vinda à Natal do Exm.º Sr. Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, em março deste ano, em razão da expectativa de epidemia de dengue prevista para o estado no ano corrente, fato confirmado pelo crescente número de casos registrados até o momento.

Segundo os dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, desde 1º janeiro até 23 de abril de 2011 já foram notificados 10.941 casos suspeitos de Dengue, 69 suspeitos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD), 16 óbitos suspeitos e 01 óbito confirmado. O Hospital Giselda Trigueiro, no entanto, já notificou 339 casos suspeitos de FHD neste período, sendo a divergência de números ocasionada pela demora no fluxo de notificação dos casos pelos municípios. 

Embora o número seja inferior ao das epidemias de 2001 e 2008, a gravidade dos casos é claramente superior em todas as faixas etárias, com acometimento crescente de crianças. Tal fato já era previsto pelos estudiosos do tema, considerando a natureza epidemiológica e clínica dessa doença, a exemplo do que já ocorre em outros países, principalmente os asiáticos. Assim sendo, diante de um cenário de maior gravidade de casos, torna-se imperativa a disponibilidade adequada de serviços de prontoatendimento e de leitos de terapia intensiva, além do criterioso manejo dos casos suspeitos desde a sua fase inicial.

No nosso estado, vários aspectos ligados à deficiência na assistência à saúde agravam, ainda mais, o problemático processo de enfrentamento da Dengue, alguns aqui ressaltados:
1. Carência de leitos clínicos, adultos e pediátricos, inclusive de UTI. O Hospital Giselda Trigueiro, serviço de referência para o internamento de casos graves, não possui número de leitos suficientes para atendimento da demanda atual.

2. Deficiência de serviços de pronto-atendimento 24 horas, em número e em qualidade suficiente para atender à população de Natal e outros municípios, gerando superlotação dos pronto-socorros dos maiores hospitais, em especial do Hospital Giselda Trigueiro.

3. Desabastecimento recorrente das unidades de saúde, especialmente na assistência básica, obrigando as equipes a não prestarem atendimento ou o fazerem de forma incorreta, realidade esta também vivenciada em vários hospitais.

4. Falta de equipes completas nos serviços de atenção básica dos municípios, muitas das quais não assistem doentes com Dengue por não atenderem livre demanda, isto é, o atendimento fica restrito apenas aos pacientes agendados, ao contrário do que recomenda o Plano de Contingência da Dengue (PCD) de 2010 e, muito provavelmente, recomendará o de 2011. Ressaltamos que até o momento não foram divulgados os planos de contingência do estado e dos municípios para 2011.

5. Equipes de saúde ainda não seguem corretamente as recomendações do “Protocolo de Manuseio do Paciente com Dengue”, do Ministério da Saúde, o que acarreta inadequações de manejo e agravamento das condições clínicas dos pacientes com conseqüente aumento do número de internamentos e óbitos.
 
6. Falta de clareza, por parte dos órgãos públicos, quanto à divulgação de informações atualizadas sobre o fluxo de atendimento aos pacientes com Dengue na rede de saúde, impossibilitando até mesmo o encaminhamento médico seguro e qualificado. Da mesma forma, a população também desconhece os locais aos quais possa se dirigir espontaneamente, pois não são divulgados nem horários, nem dias de funcionamento das unidades de saúde de livre demanda.

7. A iminente introdução do Vírus Den 4 em nosso Estado agravará a situação, gerando uma epidemia de proporções ainda maiores no ano em curso, ou no máximo até 2012. 

Diante de todos estes fatos e das ações recentemente divulgadas pela imprensa local e implantadas pela gestão de saúde do município de Natal, queremos destacar ainda três outros aspectos que intensificam o estado de preocupação da SRNI, sucintamente registrados: 

1. Decretação do “Estado de Emergência” para o município de Natal, em março de 2011, pela atual prefeita, onde está previsto o funcionamento de um Centro de Hidratação na Cidade da Esperança por apenas 90 dias. Não está claro que outras medidas serão tomadas e nem o que poderá acontecer após esses três meses.  

2. As ações de combate ao mosquito necessitam de intensificação através do trabalho dos agentes de endemias, pois o controle do vetor adulto, através da utilização dos “carros-fumacê”, se constitui em uma medida de impacto duvidoso, além do alto custo e elevado risco de prejuízo ambiental e pouco eficiente em períodos chuvosos, como o atual em Natal. Registramos ainda que as ações de vigilância entomológica que deveriam apoiar o controle vetorial e servir de base de estudo do comportamento bio-ecológico do mosquito, não estão sendo implementadas.

3. Não houve divulgação de um plano de ação e metas claramente definidas, referente à estruturação da atenção municipal de saúde que garanta o atendimento às necessidades da população a médio e longo prazo, nem com relação à Dengue, nem com relação a outros agravos.

Lembramos ainda que, conforme dados epidemiológicos registrados em epidemias anteriores, os principais focos do mosquito continuam sendo os reservatórios domiciliares de água, demonstrando que o abastecimento deficitário da água é fator fundamental na manutenção da Dengue como um dos graves problemas de saúde pública em nosso Estado. 

Temos a convicção de que Dengue é uma doença cujas formas de controle já são bem conhecidas e dependem, necessariamente, de decisão política de governo, na medida em que este garanta à população boa estrutura de saneamento básico, destino adequado do lixo, serviços básicos de saúde eficientes, controle eficaz dos focos, conscientização da população, somado ao compromisso individual dos cidadãos, dos profissionais de saúde e daqueles que integram o poder público.

Por fim, sugerimos aos gestores municipais e estadual de saúde que coloquem em prática medidas de controle eficazes, cientificamente comprovadas e financeiramente viáveis para o enfrentamento da atual situação de epidemia de nosso Estado. Para tanto, defendemos o funcionamento permanente de comitês, estadual e municipais, de caráter deliberativo, onde os problemas sejam discutidos de forma multidisciplinar e as ações propostas sejam efetivadas e divulgadas amplamente, norteando as diretrizes que os gestores de saúde pública implementarão, em respeito às expectativas da população e condizentes com uma gestão literalmente comprometida com a melhoria das condições de vida dos usuários e com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Paraná aproveita baixas temperaturas para ampliar combate à dengue ...

O combate à dengue deve ser intensificado no Paraná, com a chegada das temperaturas mais frias, segundo informou hoje a Secretaria Estadual de Saúde. Como o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti é mais lento nessa época do ano, as equipes de saúde pretendem eliminar os criadouros, reduzindo os casos de dengue no próximo verão.

Lançado no dia 27 de março, o novo Programa Estadual de Controle da Dengue vai nortear as ações do Estado em relação à assistência aos doentes, vigilância epidemiológica e controle do mosquito. O programa também abrange a comunicação, mobilização e responsabilização dos gestores.

De acordo com o novo programa, a secretaria incentivará a criação de comitês intersetoriais de controle da dengue em todos os municípios do Estado. Outro ponto é a criação de ouvidorias municipais que estarão preparadas para receber denúncias, reclamações e solicitações relacionadas à dengue. Assim que a ouvidoria estiver estruturada, o número de contato deve ser divulgado em todas as unidades de saúde do município para amplo conhecimento do cidadão.

Segundo informe da secretaria, divulgado ontem, foram confirmados 16.284 casos da doença este ano no Paraná, sendo 15.952 autóctones (contraídos dentro do Estado) e 332 importados. Desse total, 106 foram casos graves da doença (febre hemorrágica ou dengue com complicações) e 13 mortes.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caixas d’água requerem cuidados em Natal RN

Na busca por garantir mais tranqüilidade quanto à oferta de água, historicamente, as pessoas passaram a construir ou comprar caixas d’águas para suas residências ou estabelecimentos comerciais. Armazenar se tornou um hábito bastante comum, mas durante uma reforma ou construção, o consumidor sempre fica pensando sobre qual deve ser o tamanho adequado do reservatório para a sua casa ou estabelecimento comercial. Neste planejamento, também entra no departamento das preocupações, os custos envolvidos para aquisição da caixa. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) orienta a população a construir reservatórios, fundamentais para garantir o armazenamento do produto especialmente quando há necessidade de interromper o fornecimento por algum motivo.

Muitas vezes a prestadora do serviço tem de suspender o fornecimento a fim de realizar melhorias na rede de abastecimento, conter vazamento ou substituir tubulações. Nehilton Barreto, gerente da regional Mossoró da Caern, destaca que “atualmente  99% da população utiliza  algum tipo de reservatório superior (caixa d’ água) ou inferior (tambores, tonéis), e em algumas situações utilizam ambas as formas”.Em locais onde a oferta de água é alternada é bastante comum consumidores utilizarem uma ou delas ou as duas formas de armazenamento. Porém, em algumas áreas, como o bairro de Mãe Luiza, em Natal, pelo menos 30% dos imóveis não possuem caixa d’água, o que agrava o problema de abastecimento quando é necessário realizar algum serviço de manutenção na rede.

Segundo Josildo Lourenço, gerente de projetos da Caern, quando se idealiza um reservatório deve-se seguir as normas de construção hidráulica, planejando o suprimento da água por no mínimo dois dias. Entretanto, esse número pode variar em função da localização da casa e do tipo de utilização do reservatório. Este deve ter a capacidade de acumular um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e antiincêndio.

Precauções

O cálculo para a construção do reservatório deve tomar por base a quantidade de moradores, a indicação de normas brasileiras que preveem que a caixa tenha capacidade de armazenar o líquido para pelo menos dois dias e uma média de consumo de 150 litros por pessoa. Como exemplo, para uma casa de seis pessoas, uma caixa projetada para suprir o consumo de dois litros deverá ser calculado da seguinte forma: 6 (pessoas) x 150 (litros/pessoa.) x 2 (dias) = 1.800 litros. Durante o planejamento deve-se levar em conta que 1.000 litros de água, um reservatório pesa 1.000 quilos, assim, quanto maior a capacidade, mais resistente tem de ser a estrutura.

Apesar do armazenamento, o cidadão deve adotar o uso racional da água, fazendo dessa prática uma rotina diária. O consumidor pode reutilizar água para lavar calçadas, fechar a torneira enquanto se ensaboa ou escova os dentes, além de reduzir vazamentos. Procedimento como estes aliviarão o bolso do consumidor tanto na conta de água, como na estrutura a ser investida no reservatório para garantir a oferta do produto.

Dengue

Importante lembrar que em tempos de epidemia de dengue os cuidados com os reservatórios de água precisam ser constantes. No caso de reservatórios como tambores e tonéis, eles devem ser lavados semanalmente com o auxílio de uma escova na parte interna, além de mantê-los bem fechados, evitando a proliferação de focos de dengue.

Em relação às caixas d’água, a recomendação é verificar as tampas e, se possível, colocar uma tela para que o mosquito não consiga penetrar na água. Reservatórios residenciais destampados ou com tampa de amianto já desgastada pelo tempo e cheia de fissuras, facilitam a proliferação do mosquito da dengue. A população deve manter os reservatórios limpos a cada seis meses e vedados. Esses dois aspectos devem ser observados porque, os ovos do mosquito são resistentes. Aderidos às bordas das caixas, os ovos acompanham o nível da água. Em contato com ela, os ovos eclodem e se transformam em novos mosquitos.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 13.114 casos de dengue




O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 13.114 casos de dengue, desde o dia 2 de janeiro até o dia 26 de fevereiro. Em 2010, no mesmo período, foram confirmadas 1.664 vítimas do mosquito em todo o estado. As informações são da Secretaria estadual de Saúde. O município de Bom Jesus de Itabapoana apresenta epidemia da doença e outras sete cidades estão em estado de alerta, por conta do aumento do número de casos.
De acordo com o superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica, Alexandre Chieppe, esses locais podem apresentar surto. "Devido ao número elevado, pode ser que venham a configurar surto mais pra frente", afirmou ele.
Em dois meses de 2011, sete pessoas morreram por conta da dengue. Os municípios que registraram morte foram: Nova Iguaçu, Magé, Cabo Frio, São Gonçalo, Maricá, Rio de Janeiro e São João de Meriti.
Bom Jesus, única cidade com surto da dengue, apresenta uma taxa de incidência de 1.950 casos por 100 mil habitantes. Os municípios em alerta são: Cantagalo (852,4 casos/100 mil hab.), Santo Antônio de Pádua (845,5 casos/100 mil hab.), Magé (526,4 casos/100 mil hab.), Cambuci (431,6 casos/100 mil hab.), Itaocara (318,7 casos/100 mil hab.), Seropédica (303,1 casos/100 mil hab.) e Mangaratiba (300,2 casos/100 mil hab.).
Em 2010, as cidades que concentraram o maior número de casos foram Porciúncula (512), Casimiro de Abreu (304), Tanguá (175), Macaé (154), Rio de Janeiro (114), Itaboraí (81) e Campos dos Goytacazes (66). Naquele ano, do dia 2 de janeiro ao dia 26 de fevereiro, foram registrados três óbitos: dois em Macaé e um em Porciúncula.
Aumento era esperadoSegundo o superintendente, o grande aumento do número de casos já era esperado pelas equipes. Segundo ele, isso se explica porque o vírus que voltou a circular é o tipo 1, que estava afastado do estado desde a última epidemia, em 2008.
“A gente já trabalhava com essa hipótese desde o fim de dezembro de 2009, por conta da volta de circulação do vírus tipo 1 em São Paulo e em Minas Gerais. É normal a alternância do vírus. No ano passado tínhamos a circulação do tipo 2 em uma população que já estava imune a esse vírus, por isso os números foram mais baixos. Agora, com o tipo 1, toda a população está suscetível, então as chances são muito maiores”, explicou.
Ele afirmou que os números elevados no início de 2011 não assustam os profissionais de saúde porque, se comparado com os números de 2008, quando o vírus tipo 2 entrou no estado e se deu a epidemia, os atuais registros são baixos. “Os números esse ano ainda são pequenos em relação aos anos epidêmicos, que foram 2008, 2002 e 1993, por exemplo”, afirmou.
Chieppe disse que as ações da secretaria foram intensificadas desde 2009. “Está longe de uma epidemia no estado”, disse ele.

Rio tem 9 bairros com surto
A cidade do Rio de Janeiro tem nove bairros com o surto da dengue. Neles, a taxa de incidência passa de 300 casos a cada 100 mil habitantes O número de registros da doença no município chegou a 5.064 desde o começo do ano, o que significa quase 10 vezes mais se comparado ao mesmo período do ano passado.
Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, teve o maior número de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor da dengue. Em seguida está Barra de Guaratiba.
No Rio Comprido, foram 69 casos somente no mês de fevereiro. A taxa de incidência no bairro é de 272 casos a cada 100 mil habitantes. Os moradores dizem que estão preocupados e que não recebem visita de agente de saúde.
AlertaO superintendente alertou para que pessoas com febre, dores no corpo, atrás dos olhos, nas articulações e ainda manchas vermelhas pelo corpo devem procurar um médico, para evitar complicações. O aviso, segundo ele, é para todos os municípios do Rio, já que no período de verão o número de casos aumenta.
“A gente esta em alerta, a gente implantou uma sala de situação, faz monitoramento dos dados diariamente, temos equipes grandes realizando visitas aos municípios”, contou Chieppe, ressaltando que ainda há um plano de contingência pronto.
De acordo com ele, para que o estado inicie ações mais contundentes contra a dengue é preciso que o Rio de Janeiro apresente uma média acima de 300 casos por 100 mil habitantes. “Não há como interromper a transmissão, isso é impossível. Há casos no mundo inteiro. O que a gente trabalha é para diminuir o número de casos e também os registros de morte”, disse ele.