sexta-feira, 20 de maio de 2011

Calamidade publica no Rio de Janeiro um novo caso de DENGUE a cada 5 minutos

Os casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegaram a 43.675, uma média de 314 infectados por dia ou 13 por hora, valor que resulta em praticamente um novo caso confirmado a cada cinco minutos. 

Além disso, dois bairros de Pedra de Guaratiba, na zona oeste, e em Bonsucesso, na zona norte, registrando índices da doença em níveis já considerados como surto ou epidemia, de acordo com as informações divulgadas nesta quinta-feira (19) pela Secretaria Municipal de Saúde. 

As taxas de incidência de dengue nesses dois alcançaram patamar acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes, índice utilizado pela prefeitura do Rio para configurar como surto da doença ou epidemia. 

Como todos os dois bairros citados possuem menos de 100 mil habitantes, as taxas, mesmo projetadas com base em cálculos estatísticos, não são consideradas precisas pela Secretaria Municipal de Saúde. 

O aconselhado pela prefeitura seria agrupar os bairros vizinhos, como as regiões administrativas, de forma a verificar uma população superior a 100 mil habitantes. Caso não seja possível agregar as regiões, a comparação deve ser feita com base na série histórica de anos em que houve epidemia. 

A doença reemergiu no Município do Rio de Janeiro em 1986, a partir deste ano a doença se tornou endêmica apresentando anos epidêmicos. A média das taxas de incidência em anos não epidêmicos é de 27 casos a cada 100.000 habitantes., já a média dos anos epidêmicos é de 470 casos a cada 100.000 habitantes. 

Mortes 

Apenas nos primeiros cinco meses de 2011, o número de mortes por dengue no Rio de Janeiro registrou um aumento de 62% em relação a todo o ano de 2010. Até a última quarta-feira (18), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 70 mortes, contra 43 contabilizadas entre janeiro e dezembro do ano passado. 

Levando-se em conta a última semana, foram quatro mortes. A média de pessoas com suspeita da doença no Estado chega a 639 por dia, resultando em um total de 95.931 casos. 

As mortes foram registradas nos seguintes municípios: Nova Iguaçu (7), Duque de Caxias (5), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (8), Maricá (1), Mesquita (1), Rio de Janeiro (26), São João do Meriti (4), São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (2), Itaperuna (1), Rio das Ostras (2), Barra Mansa (1), Belford Roxo (2), Campos dos Goytacazes (2), Angra dos Reis (1), Queimados (1), Seropédica(1) e Barra Mansa (1). 

Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro observa epidemia nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. 

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antônio de Pádua, Mangaratiba, Cantagalo, Quissamã, Mesquita e Guapimirim. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Infectologistas divulgam carta aberta expondo preocupação com ações voltadas ao combate à dengue no RN

Os infectologistas do Rio Grande do Norte estão cada vez mais preocupados com os problemas relacionados à dengue no estado. A Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI) divulgou, neste fim de semana, carta aberta expondo a opinião sobre as ações do Poder Público para prevenir e tratar os problemas ocasionados pela dengue e expôs as opiniões acerca da estrutura disponibilizada atualmente. Para a SRNI, é necessário que os gestores municipais e estadual de saúde que coloquem em prática medidas de controle eficazes e financeiramente viáveis para o enfrentamento da atual situação de epidemia no Estado. 

Apontando problemas referentes à carência de leitos, desabastecimento das unidades, deficiência nos serviços e falta de equipes completas nos serviços de atenção básica dos municípios, a SRNI defende o funcionamento permanente de comitês, estadual e municipais, de caráter deliberativo, “onde os problemas sejam discutidos de forma multidisciplinar e as ações propostas sejam efetivadas e divulgadas amplamente”.
Na opinião dos infectologistas, as ações tomadas com relação ao combate a dengue, neste momento, não são suficientes para solucionar o problema.

Confira a carta.

Carta Aberta à População e aos Excelentíssimos Senhores Secretários de Saúde dos Municípios e do Estado do Rio Grande do Norte

A Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI), em reunião extraordinária realizada em 26/04/2011, deliberou pela emissão do presente documento como meio de alertar os cidadãos e autoridades de saúde norteriograndenses para a grave e atual situação de Dengue em nosso estado, que ameaça tirar a vida de mais pessoas, especialmente se não gerenciada corretamente. Tal assertiva foi corroborada pela vinda à Natal do Exm.º Sr. Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, em março deste ano, em razão da expectativa de epidemia de dengue prevista para o estado no ano corrente, fato confirmado pelo crescente número de casos registrados até o momento.

Segundo os dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, desde 1º janeiro até 23 de abril de 2011 já foram notificados 10.941 casos suspeitos de Dengue, 69 suspeitos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD), 16 óbitos suspeitos e 01 óbito confirmado. O Hospital Giselda Trigueiro, no entanto, já notificou 339 casos suspeitos de FHD neste período, sendo a divergência de números ocasionada pela demora no fluxo de notificação dos casos pelos municípios. 

Embora o número seja inferior ao das epidemias de 2001 e 2008, a gravidade dos casos é claramente superior em todas as faixas etárias, com acometimento crescente de crianças. Tal fato já era previsto pelos estudiosos do tema, considerando a natureza epidemiológica e clínica dessa doença, a exemplo do que já ocorre em outros países, principalmente os asiáticos. Assim sendo, diante de um cenário de maior gravidade de casos, torna-se imperativa a disponibilidade adequada de serviços de prontoatendimento e de leitos de terapia intensiva, além do criterioso manejo dos casos suspeitos desde a sua fase inicial.

No nosso estado, vários aspectos ligados à deficiência na assistência à saúde agravam, ainda mais, o problemático processo de enfrentamento da Dengue, alguns aqui ressaltados:
1. Carência de leitos clínicos, adultos e pediátricos, inclusive de UTI. O Hospital Giselda Trigueiro, serviço de referência para o internamento de casos graves, não possui número de leitos suficientes para atendimento da demanda atual.

2. Deficiência de serviços de pronto-atendimento 24 horas, em número e em qualidade suficiente para atender à população de Natal e outros municípios, gerando superlotação dos pronto-socorros dos maiores hospitais, em especial do Hospital Giselda Trigueiro.

3. Desabastecimento recorrente das unidades de saúde, especialmente na assistência básica, obrigando as equipes a não prestarem atendimento ou o fazerem de forma incorreta, realidade esta também vivenciada em vários hospitais.

4. Falta de equipes completas nos serviços de atenção básica dos municípios, muitas das quais não assistem doentes com Dengue por não atenderem livre demanda, isto é, o atendimento fica restrito apenas aos pacientes agendados, ao contrário do que recomenda o Plano de Contingência da Dengue (PCD) de 2010 e, muito provavelmente, recomendará o de 2011. Ressaltamos que até o momento não foram divulgados os planos de contingência do estado e dos municípios para 2011.

5. Equipes de saúde ainda não seguem corretamente as recomendações do “Protocolo de Manuseio do Paciente com Dengue”, do Ministério da Saúde, o que acarreta inadequações de manejo e agravamento das condições clínicas dos pacientes com conseqüente aumento do número de internamentos e óbitos.
 
6. Falta de clareza, por parte dos órgãos públicos, quanto à divulgação de informações atualizadas sobre o fluxo de atendimento aos pacientes com Dengue na rede de saúde, impossibilitando até mesmo o encaminhamento médico seguro e qualificado. Da mesma forma, a população também desconhece os locais aos quais possa se dirigir espontaneamente, pois não são divulgados nem horários, nem dias de funcionamento das unidades de saúde de livre demanda.

7. A iminente introdução do Vírus Den 4 em nosso Estado agravará a situação, gerando uma epidemia de proporções ainda maiores no ano em curso, ou no máximo até 2012. 

Diante de todos estes fatos e das ações recentemente divulgadas pela imprensa local e implantadas pela gestão de saúde do município de Natal, queremos destacar ainda três outros aspectos que intensificam o estado de preocupação da SRNI, sucintamente registrados: 

1. Decretação do “Estado de Emergência” para o município de Natal, em março de 2011, pela atual prefeita, onde está previsto o funcionamento de um Centro de Hidratação na Cidade da Esperança por apenas 90 dias. Não está claro que outras medidas serão tomadas e nem o que poderá acontecer após esses três meses.  

2. As ações de combate ao mosquito necessitam de intensificação através do trabalho dos agentes de endemias, pois o controle do vetor adulto, através da utilização dos “carros-fumacê”, se constitui em uma medida de impacto duvidoso, além do alto custo e elevado risco de prejuízo ambiental e pouco eficiente em períodos chuvosos, como o atual em Natal. Registramos ainda que as ações de vigilância entomológica que deveriam apoiar o controle vetorial e servir de base de estudo do comportamento bio-ecológico do mosquito, não estão sendo implementadas.

3. Não houve divulgação de um plano de ação e metas claramente definidas, referente à estruturação da atenção municipal de saúde que garanta o atendimento às necessidades da população a médio e longo prazo, nem com relação à Dengue, nem com relação a outros agravos.

Lembramos ainda que, conforme dados epidemiológicos registrados em epidemias anteriores, os principais focos do mosquito continuam sendo os reservatórios domiciliares de água, demonstrando que o abastecimento deficitário da água é fator fundamental na manutenção da Dengue como um dos graves problemas de saúde pública em nosso Estado. 

Temos a convicção de que Dengue é uma doença cujas formas de controle já são bem conhecidas e dependem, necessariamente, de decisão política de governo, na medida em que este garanta à população boa estrutura de saneamento básico, destino adequado do lixo, serviços básicos de saúde eficientes, controle eficaz dos focos, conscientização da população, somado ao compromisso individual dos cidadãos, dos profissionais de saúde e daqueles que integram o poder público.

Por fim, sugerimos aos gestores municipais e estadual de saúde que coloquem em prática medidas de controle eficazes, cientificamente comprovadas e financeiramente viáveis para o enfrentamento da atual situação de epidemia de nosso Estado. Para tanto, defendemos o funcionamento permanente de comitês, estadual e municipais, de caráter deliberativo, onde os problemas sejam discutidos de forma multidisciplinar e as ações propostas sejam efetivadas e divulgadas amplamente, norteando as diretrizes que os gestores de saúde pública implementarão, em respeito às expectativas da população e condizentes com uma gestão literalmente comprometida com a melhoria das condições de vida dos usuários e com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Paraná aproveita baixas temperaturas para ampliar combate à dengue ...

O combate à dengue deve ser intensificado no Paraná, com a chegada das temperaturas mais frias, segundo informou hoje a Secretaria Estadual de Saúde. Como o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti é mais lento nessa época do ano, as equipes de saúde pretendem eliminar os criadouros, reduzindo os casos de dengue no próximo verão.

Lançado no dia 27 de março, o novo Programa Estadual de Controle da Dengue vai nortear as ações do Estado em relação à assistência aos doentes, vigilância epidemiológica e controle do mosquito. O programa também abrange a comunicação, mobilização e responsabilização dos gestores.

De acordo com o novo programa, a secretaria incentivará a criação de comitês intersetoriais de controle da dengue em todos os municípios do Estado. Outro ponto é a criação de ouvidorias municipais que estarão preparadas para receber denúncias, reclamações e solicitações relacionadas à dengue. Assim que a ouvidoria estiver estruturada, o número de contato deve ser divulgado em todas as unidades de saúde do município para amplo conhecimento do cidadão.

Segundo informe da secretaria, divulgado ontem, foram confirmados 16.284 casos da doença este ano no Paraná, sendo 15.952 autóctones (contraídos dentro do Estado) e 332 importados. Desse total, 106 foram casos graves da doença (febre hemorrágica ou dengue com complicações) e 13 mortes.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caixas d’água requerem cuidados em Natal RN

Na busca por garantir mais tranqüilidade quanto à oferta de água, historicamente, as pessoas passaram a construir ou comprar caixas d’águas para suas residências ou estabelecimentos comerciais. Armazenar se tornou um hábito bastante comum, mas durante uma reforma ou construção, o consumidor sempre fica pensando sobre qual deve ser o tamanho adequado do reservatório para a sua casa ou estabelecimento comercial. Neste planejamento, também entra no departamento das preocupações, os custos envolvidos para aquisição da caixa. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) orienta a população a construir reservatórios, fundamentais para garantir o armazenamento do produto especialmente quando há necessidade de interromper o fornecimento por algum motivo.

Muitas vezes a prestadora do serviço tem de suspender o fornecimento a fim de realizar melhorias na rede de abastecimento, conter vazamento ou substituir tubulações. Nehilton Barreto, gerente da regional Mossoró da Caern, destaca que “atualmente  99% da população utiliza  algum tipo de reservatório superior (caixa d’ água) ou inferior (tambores, tonéis), e em algumas situações utilizam ambas as formas”.Em locais onde a oferta de água é alternada é bastante comum consumidores utilizarem uma ou delas ou as duas formas de armazenamento. Porém, em algumas áreas, como o bairro de Mãe Luiza, em Natal, pelo menos 30% dos imóveis não possuem caixa d’água, o que agrava o problema de abastecimento quando é necessário realizar algum serviço de manutenção na rede.

Segundo Josildo Lourenço, gerente de projetos da Caern, quando se idealiza um reservatório deve-se seguir as normas de construção hidráulica, planejando o suprimento da água por no mínimo dois dias. Entretanto, esse número pode variar em função da localização da casa e do tipo de utilização do reservatório. Este deve ter a capacidade de acumular um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e antiincêndio.

Precauções

O cálculo para a construção do reservatório deve tomar por base a quantidade de moradores, a indicação de normas brasileiras que preveem que a caixa tenha capacidade de armazenar o líquido para pelo menos dois dias e uma média de consumo de 150 litros por pessoa. Como exemplo, para uma casa de seis pessoas, uma caixa projetada para suprir o consumo de dois litros deverá ser calculado da seguinte forma: 6 (pessoas) x 150 (litros/pessoa.) x 2 (dias) = 1.800 litros. Durante o planejamento deve-se levar em conta que 1.000 litros de água, um reservatório pesa 1.000 quilos, assim, quanto maior a capacidade, mais resistente tem de ser a estrutura.

Apesar do armazenamento, o cidadão deve adotar o uso racional da água, fazendo dessa prática uma rotina diária. O consumidor pode reutilizar água para lavar calçadas, fechar a torneira enquanto se ensaboa ou escova os dentes, além de reduzir vazamentos. Procedimento como estes aliviarão o bolso do consumidor tanto na conta de água, como na estrutura a ser investida no reservatório para garantir a oferta do produto.

Dengue

Importante lembrar que em tempos de epidemia de dengue os cuidados com os reservatórios de água precisam ser constantes. No caso de reservatórios como tambores e tonéis, eles devem ser lavados semanalmente com o auxílio de uma escova na parte interna, além de mantê-los bem fechados, evitando a proliferação de focos de dengue.

Em relação às caixas d’água, a recomendação é verificar as tampas e, se possível, colocar uma tela para que o mosquito não consiga penetrar na água. Reservatórios residenciais destampados ou com tampa de amianto já desgastada pelo tempo e cheia de fissuras, facilitam a proliferação do mosquito da dengue. A população deve manter os reservatórios limpos a cada seis meses e vedados. Esses dois aspectos devem ser observados porque, os ovos do mosquito são resistentes. Aderidos às bordas das caixas, os ovos acompanham o nível da água. Em contato com ela, os ovos eclodem e se transformam em novos mosquitos.