segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Rio Grande do Norte pode enfrentar outro surto de dengue em 2011


A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte já prepara um plano de contingência para enfrentar o surto de dengue que se anuncia no estado. Com a incidência da doença em franca expansão, a Sesap está elaborando um fluxograma de atendimento e cobra planos de ação dos municípios onde as estratégias para o combate da dengue ainda não foram definidas. Esse foi o assunto da reunião do Comitê de Enfrentamento às Emergências de Saúde no Rio Grande do Norte,  que contou com a participação do secretário estadual, representantes da Sociedade de Infectologia, Ministério Público,  Ministério da Saúde e a secretária adjunta de Saúde, Maria do Perpétuo.
Para que a dengue pare de assombrar os potiguares a cada ano, é preciso que a vigilância sanitária, o combate aos focos, o atendimento primário e a coleta para o diagnóstico funcionem, e esses são papéis dos municípios. “Os gestores têm que priorizar as ações de base em seu município. Se não eliminarmos os focos, a gente não vai diminuir o número de pessoas que chegam ao Giselda Trigueiro de mortes. Somente os técnicos participam dessas reuniões” disse a subcoordenadora de Vigilância Sanitária do Estado, Juliana Araújo. Cabe ao Estado orientar e cobrar a execução dos planos de ação aos municípios.
O Hospital Giselda Trigueiro diagnostica 80% dos casos do estado, o que indica que o atendimento nos postos de saúde não está funcionando. A coleta de sangue para o exame que confirma a doença deve ser feita nos três primeiros dias de sintoma.
Capital
Natal apresenta alto risco de desenvolver surto em 2011 de acordo com o mapa de vulnerabilidade elaborado pela Sesap. A situação se complica pela alta densidade demográfica e pelas deficiências no atendimento básico e vigilância sanitária. “Ainda existem muitos clarões de assistência básica na capital”, disse Juliana Araújo. São 406 agentes de endemias, número  considerado insuficiente pela gerente técnica do Centro de Zoonoses de Natal, Jeane Oliveira, que solicitou concurso para contratação de mais funcionários.. “Precisamos de mais gente para completar os ciclos (são recomendadas seis visitas a cada casa). Para o secretário de Saúde de Natal, Thiago Trindade, o número de agentes está bom. “Não creio que o número seja insuficiente. Nós trabalhamos a valorização profissional (os agentes passaram a ser considerados estatutários) em 2010, então esperamos cobrar mais efetivamente desses agentes”, disse.
No primeiro semestre de 2009, foram contabilizadas nove mil faltas entre os agentes, o que chamou a atenção do Ministério Público. O órgão orientou o cumprimento do horário de oito horas por dia. Além da “cobrança mais efetiva”, o secretário citou a continuação da força tarefa, que reúne 66 homens da Marinha e Aeronáutica em missões de educação e combate aos focos pela cidade, como ações planejadas para 2011.
Outras doenças preocupam
Um relatório divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde mostrou que o Rio Grande do Norte tem evoluído pouco no combate às chamadas doenças de países subdesenvolvidos, como dengue, hepatite, esquistossomose e hanseníase.
A incidência de Aids também aumenta a cada ano: em 2000 foram notificados 178 casos, e em 2009, foram registrados 280 casos. No primeiro semestre de 2010, já eram 109 casos notificados. O número de mortes também vem crescendo nos últimos seis anos. A Sesap atribui o crescimento ao aumento populacional e mostra tendência à interiorização da doença, embora ela ainda se concentre na Região Metropolitana (Natal engloba quase mil casos). A maior parte dos doentes está entre os heterossexuais (38%), enquanto os  homossexuais são responsáveis por 24% dos casos. O tétano circulou mais no estado ano passado que em 2004: naquele ano oito pessoas adoeceram e uma morreu; em 2010, onze contraíram a bactéria e quatro morreram.
Os novos casos de sífilis congênita (que passa da mãe para o feto) pulou de 131 para 216 entre 2007 e 2009. De acordo com o relatório, isso “pode ser um reflexo da implementação de ações para a melhoria da qualidade da notificação”. Os casos de hanseníase também aumentaram de 2008, quando foram registrados 277 doentes, para 2009 (309 doentes). No primeiro semestre de 2010 já eram 122 casos. Hepatites A e C, meningites viral e bacteriana e malária também registraram aumentos em relação a a algum período da última década.
Diagnosticou-se mais tuberculose em 2009 (1.229 casos) que em 2000 (1.118 casos). Natal, Parnamirim e Mossoró encontram-se quase 60% dos casos.
Em quase 20% dos municípios do estado, não foi implantado o programa de Monitorização da doença diarréica aguda, ainda responsável por parte das mortes infantis evitáveis. Por outro lado, a última década serviu para erradicar febre tifóife, cólera, botulismo, sarampo e rubéola do estado.
Hábitos
De 2006 a 2009, os potiguares passaram a fazer mais atividade física, mas resistiram em largar o cigarro e aumentaram o consumo de álcool. De acordo com os dados da Sesap, 13% da população era ociosa em 2009 – em 2006, quase 30% da população não se exercitavam. O percentual de fumantes caiu apenas 0,7% e em 2009 era 15,5%.
Controle faz parte do discurso do Ministério
A importância do trabalho dos agentes de controle de endemias no combate à dengue, tem feito parte do discurso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na sexta-feira passada, o titular da pasta falou a 1,2 mil alunos do curso de formação de agentes de endemias no Rio de Janeiro. O combate à doença está entre as prioridades de gestão. A mobilização começou no último dia 5, na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), quando, em discurso para 200 servidores e diretores do órgão, o ministro ressaltou o papel do órgão no combate à doença.
Entre janeiro e fevereiro de 2011, o ministro Alexandre Padilha deverá visitar outros estados que, no momento, apresentam tendência de aumento de casos de dengue e risco de enfrentar epidemia. Na semana passada, Padilha apontou que o combate à dengue deve ser feito por meio de uma ação integrada e lembrou que os agentes de endemia assumem uma participação estratégica nessa mobilização. “São vocês que entram na casa das pessoas e que podem promover a mudança de comportamento delas para o enfrentamento da dengue”, disse Padilha.
O Ministério da Saúde enviou na sexta-feira uma equipe a Manaus para investigar um caso de dengue tipo 4. Os técnicos do ministério estão trabalhando em parceria com a Secretaria de Saúde do Amazonas e com a Secretaria de Saúde de Manaus.

Fonte: Tribuna do Norte




Insfestação de mosquito cresce e dengue ameaça a fronteira

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti é preocupante em Ponta Porã. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como tolerável no máximo 1% no município situado na divisa com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, a infestação passa dos 4%. No ano passado a doença matou duas pessoas e 700 tiveram que fazer tratamento na rede pública.
Conforme as informações do secretário municipal de Saúde, Josué Lopes, neste início desse ano a dengue voltou a causar preocupação em virtude do índice de infestação. Ele disse foram detectados focos do mosquito em 4,1% dos imóveis visitados em todas as regiões de Ponta Porã. Os terrenos baldios e casas abandonadas são os locais onde são encontradas as larvas.
Neste início de ano dez casos foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde, sendo que até a tarde de sexta-feira apenas um deles estava confirmado com a doença. Em 2010 o município notificou 1.008 casos, sendo 635 foram confirmados e são pessoas que contraíram a doença em Ponta Porã. Outras 65 pessoas também receberam tratamento, mas informaram que contraíram a dengue em outras cidades ou em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Do total de casos do ano passado, duas pessoas não resistiram e morreram
Para tentar amenizar a situação o setor público de saúde realizou entre os dias 10 e 14 deste mês o Levantamento de Infestação Rápido Aedes (LIRA). Nesse período foram encontrados 46 focos. Onde foram encontradas as larvas, os agentes de saúde conversaram e orientaram os moradores para que tomem providências.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde depois de uma semana os mesmos imóveis receberão novas visitas dos agentes, se não conseguirem eliminar os focos, serão notificados e advertidos e posteriormente multados.

Edilson Melgarejo do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) disse que muitos moradores ainda não estão conscientes de que é preciso limpar os quintais e evitar que embalagens fiquem expostas a chuva e sol. “Tem pessoa que retira o lixo do quintal e joga no terreno baldio. Isso não resolve porque o mosquito vai continuar se reproduzindo da mesma forma”.
Outro ponto levantado pelos agentes refere-se às casas abandonadas. Em algumas casas, cujos moradores viajaram em período de férias no final do ano passado e janeiro deste ano, as piscinas acabaram se transformando em criadouros do aedes aegypti. Os agentes de saúde vão intensificar nos próximos dias a campanha de combate a dengue em todos os bairros de Ponta Porã.

Fonte: Correio do Estado


Para combater dengue, Malásia solta “Aedes” de laboratório no ambiente

A Malásia se tornou o primeiro país da Ásia a colocar em prática um experimento de combate à dengue com mosquitos manipulados geneticamente em laboratório. Aproximadamente 6.000 machos de Aedes aegypti foram soltos em uma floresta local, anunciou o governo nesta quarta-feira.
Os cientistas esperam que os insetos se acasalem com as fêmeas e gerem crias com período de vida muito menor do que os insetos padrões. Segundo eles, isso reduziria a população de Aedes a curto prazo –somente as fêmeas transmitem a dengue, doença que causou a morte de 134 malasianos em 2010, o mesmo que um aumento de 52% no número de ocorrências no ano anterior.
Esse não é um teste inédito. Em 2010, o mesmo experimento ocorreu em 2010 nas ilhas Cayman (território britânico no Caribe), e o resultado foi que o uso de Aedes modificados realmente resultou na diminuição da dengue.
Vários ambientalistas se oposicionaram contra o plano de erradicação da dengue na Malásia, por temerem consequências imprevisíveis com a criação de mosquitos mutantes que também poderiam introduzir novas doenças no ecossistema local.
O Instituto de Pesquisa Médica, administrado pelo governo malasiano, disse que realizou um primeiro teste com 6.000 mosquitos estéreis, que foram soltos em uma área florestal despovoada em 21 de dezembro. O anúncio, entretanto, só ocorreu hoje. Outros 6.000 machos não estéreis foram introduzidos em uma outra área para comparações científicas.
O governo não forneceu mais detalhes, mas disse que houve sucesso no teste concluído em 5 de janeiro, e posteriormente todos os mosquitos foram mortos com inseticida.
Professor especializado em doenças infecciosas, Duane Gubler, que não esteve envolvido na pesquisa, disse que a liberação de mosquitos modificados pode ser eficaz no combate à dengue se combinada com outros métodos biológicos de controle.

FONTE: ASSOCIATED PRESS

Ministério da Saúde define comunicação como nova estratégia contra a dengue

s assessores e profissionais de Comunicação dos 16 Estados com risco muito alto de epidemia da dengue em 2011 estivem reunidos, em Brasília, nesta quinta (27) e sexta-feira (28), com o objetivo de discutir estratégias de mídia e mobilização social contra o avanço da doença.
Profissionais de Alagoas, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro marcaram presença.
O I Encontro dos Assessores de Comunicação da Saúde, que ocorreu no Quality & Hotel Suítes Lakeside, é uma continuidade da reunião realizada na semana passada entre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e os secretários de Saúde dos 16 Estados prioritários e o ministro Alexandre Padilha, no dia 19 de janeiro.
Na programação do primeiro dia, foi realizado uma apresentação do ComunicaSUS, sistema online que reúne comunicadores e profissionais de saúde de todo o Brasil, e palestras sobre os desafios das redes sociais e comunicação de risco e impacto da dengue na comunicação, proferidas pela jornalista e professora do departamento de comunicação em saúde da UnB, Ana Valéria Mendonça, e pelo coordenador de Atendimento e Produção do Ministério da Saúde (MS), Rodrigo Hilário.
Já Lívia Vinhal, consultora do Programa Nacional de Controle da Dengue, Inês Gadelha, da Assistência de Média e Alta Complexidade, e Antonio Augusto Brentano, chefe de Publicidade do MS, fecharam os painéis do segundo dia.
A chefia assessoria de imprensa do MS, Maria de Fátima Lima, falou sobre a importância da mídia espontânea (não-paga) na mobilização da sociedade. “A publicidade é importante mas, para o convencimento da população, o mais importante é o convencimento das redações, dos blogs, dos jornalistas. A matéria tem maior credibilidade junto à sociedade, e faz a diferença na adesão da sociedade à causa”, avaliou.
Alagoas, que esteve representada pelo coordenador de Comunicação da Sesau, jornalista Júlio Cezar, apresentou experiências de campanhas anteriores, na área de assessoria de imprensa e mobilização no combate.
“É um trabalho em parceria com a área técnica e apoio da Secretaria de Estado da Comunicação, com a qual estamos planejando uma campanha educativa contra a dengue. Outro avanço é o uso das redes sociais, imprensa, comunicação interna, marketing e a busca de parceiros, como empresas e órgãos, que são fundamentais para a difusão de informação para a promoção da saúde”, avaliou.
Fonte: Agência Alagoas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Rio - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniu nesta quinta-feira com lideranças religiosas para somar esforços no combate à dengue. A reunião foi uma das medidas tomadas pelo ministério para a prevenção da doença. 

Segundo Padilha, o ministério tem antecipado o risco real de aumento nos casos de dengue, especialmente nos 70 municípios em situação de alerta. Para ele, os líderes religiosos são importantes no combate à doença já que exercem um papel fundamental junto às comunidades.


Foto: Divulgação
"As lideranças religiosas entram no dia  dia das pessoas quando elas estão refletindo, tomando consciência de seus atos. É fundamental que aproveitemos aquele momento que a pessoa está passando a palavra aos fiéis para cuidar mais da nossa saúde e da de nossa comunidade", disse Padilha.

Líderes religiosos, como Neuza Ferreira, do Centro Espírita Tenda de Oxalá, disseram que a parceria é positiva.

"A parceria entre o Ministério da Saúde e as lideranças das comunidades será positiva para formar a consciência da comunidade", afirmou Neuza.

Na reunião, o ministro Alexandre Padilha que esforços conjuntos estão sendo feitos em diversas frentes. As operadoras de plano de saúde, por exemplo, terão um protocolo unificado para atendimento aos pacientes com dengue. 

Já foram notificados dois casos isolados de dengue tipo IV. Um em Belém e outro em Manaus
Divulgação/Prefeitura de BarretosO ministro de Saúde argentino, Juan Manzur, questionou nesta quarta-feira (26) uma publicidade contra a dengue feita pela cidade de Barretos na qual o mosquito transmissor da doença usa uma camisa da Argentina.
- Vamos falar com os colegas e as autoridades sanitárias do Brasil, obviamente, porque é uma situação que não tem nada a ver com a realidade.
Com o título "Vamos vencer este jogo", a propaganda mostra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, com a camisa da Argentina. O Brasil notificou até outubro do ano passado 936 mil casos de dengue no país e 598 mortes suspeitas. Embora os números ainda não estejam fechados, eles indicam um ano recorde de casos e mortes.
- O Brasil tem uma quantidade realmente grande de casos, a tal ponto que a informação fornecida por eles mesmos está superando 1 milhão de pacientes. Há um velho ditado que diz que saúde não tem fronteiras.
Argentina em alerta
Manzur deu as declarações enquanto fazia uma visita à localidade argentina de Aguas Blancas, fronteiriça com a Bolívia, no marco de uma campanha contra a dengue. O ministro viajou ao extremo norte do país para realizar tarefas de prevenção contra a doença depois que a Bolívia declarou na semana passada alerta sanitário no país devido à morte nas últimas semanas de oito pessoas com dengue e a infecção de outras 1.200 na região amazônica de Beni, fronteira com o Brasil.
Após manter uma reunião com equipes sanitárias da Bolívia, Manzur admitiu em comunicado que "a situação da dengue na região é delicada", por isso o governo argentino redobrou os esforços nas tarefas de prevenção.
Apesar de ter indicado que "até o momento não há circulação viral da dengue" na Argentina, o ministro advertiu que "a migração ajuda a fazer com que a dengue se propague".
A Argentina também pediu que os Governos provinciais "fortaleçam a vigilância epidemiológica" já que a doença se prolifera na Bolívia, Brasil e Paraguai.
Fonte: http://noticias.r7.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Governo oficializa notificação de mortes por dengue em 24 horas


Portaria determina que caso grave também seja avisado compulsoriamente. 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala durante encontro com representantes de empresas de todo o país em busca de mobilização para a prevenção e combate à dengue O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou, na
semana passada, sobre mobilização de prevenção
e combate à dengue (Foto: Elza Fiuza/ABr)
Todos os órgãos de saúde dos estados e municípios terão de informar ao Ministério da Saúde, compulsoriamente e no prazo de 24 horas, as mortes e os casos graves da dengue. A decisão faz parte da Portaria 104, que havia sido anunciada na semana passada pelo ministro Alexandre Padilha e que foi publicada, nesta quarta-feira (26), no Diário Oficial da União (DOU).
O documento também trata da notificação obrigatória por todos os órgãos de saúde de casos de violência doméstica e sexual, e não somente pelas unidades sentinelas, como era feito antes. A Portaria trata de casos de suspeita ou confirmação de violência contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas já está prevista na legislação.
No caso da dengue, a doença passa a fazer parte de um grupo de 19 enfermidades que precisam ser comunicadas ao Ministério da Saúde em 24 horas. Estas doenças fazem parte de um outro grupo maior, de 45 enfermidades, que já precisavam ser notificadas obrigatoriamente ao órgão Federal, com fluxos e periodicidades distintos, de acordo com a situação epidemiológica de cada uma.
Segundo a Portaria, os casos de dengue seguem o fluxo rotineiro de notificação semanal, mas os casos graves, os óbitos e os casos produzidos pelo sorotipo DENV-4 precisam um melhor acompanhamento, o que justifica a sua inclusão entre as doenças de notificação imediata.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida vai possibilitar a identificação precoce de introdução de novo sorotipo e de alterações no comportamento epidemiológico da dengue, com a adoção imediata das medidas necessárias, por parte do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde. Dessa maneira, será possível identificar precocemente as alterações na letalidade provocada pela dengue, permitindo a investigação epidemiológica e a adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas mortes.
A notificação imediata pode ser feita por telefone, email ou diretamente na página eletrônica da Secretaria de Vigilância em Saúde (Anvisa), de acordo com instrumentos e fluxos usado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A regra vale, inclusive, para casos ocorridos em fins de semana e feriados.

Fonte: g1 



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Minas deve ter 500 mil casos de dengue em 2011


Minas Gerais se prepara para ter 500 mil infectados por dengue em 2011. É como se todos os habitantes de uma cidade do porte de Juiz de Fora, na zona da Mata, a quarta maior cidade do Estado, contraíssem a doença entre janeiro e dezembro deste ano.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, o número é baseado em modelos matemáticos. Em 2009, Minas teve 83 mil casos confirmados, com 44 mortes. Em 2010, foram 257 mil casos, com 99 víitimas.
Ainda de acordo com o secretário, Estado e prefeituras já estão realizando ações para que a quantidade de infectados não chegue à marca do meio milhão.
Para tentar reduzir o crescimento do número de ocorrências, a principal aposta deste início de ano é a internet. A
Jogo incentiva a eliminar mosquitos
O site divulga datas e endereços de ações do governo e prefeituras para eliminar focos de reprodução do mosquito, os “mutirões”. Também oferece um aplicativo chamado Dengue Ville, uma espécie de jogo em que os internautas cumprem missões para eliminar os mosquitos. As ações aparecem nos sites de relacionamento Orkut e Facebook, e ficam disponíveis para amigos virtuais, que também podem ser convidados a jogar.
Uma das ações tomadas pelo poder público foi a criação de um “Denguemóvel”, caminhão temático que, de acordo com dados da secretaria, teria retirado, desde dezembro, mais de 500 mil pneus, garrafas e outros tipos de entulho das ruas.
O uso de fumacês, que borrifam ambientes infestados, também foi intensificado no ano passado. Em 2010, foram adquiridos 700 equipamentos portáteis, usados por agentes de saúde como mochilas. Outros 77 equipamentos estão instalados em veículos que circulam por cidades do interior. Em BH, o fumacê não é utilizado.
Segundo estimativas oficiais, pouco mais de 80% dos focos de água parada, onde o mosquito da dengue se reproduz , estão dentro das residências.
- Temos pesquisas que apontam que a maior parte das pessoas sabe o que fazer para evitar a proliferação do mosquito. Mas não colocam ações simples em prática. Estamos tentando incentivar a população a fazer o que deve ser feito.
O secretário acredita que, depois de fechar caixas d’água e virar vasos de plantas e garrafas em um jogo de computador, as pessoas vão se levantar de suas cadeiras e repetir as ações no quintal de suas casas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Cristiano da Matta Machado, a iniciativa do site é válida, mas sozinha não é suficiente. O médico destaca que em alguns Estados do Norte do Brasil já foram registradas ocorrências do tipo 4 da dengue, e que o ambiente brasileiro, quente e úmido, é propício para o avanço do Aedes aegypti.
- É importante destacar que uma ação não será suficiente para reduzir a epidemia. É necessário um conjunto de ações, chefiadas pelo Poder Público, sim, mas com apoio Fonte: http://www.combateadengue.com.br

Em 15 dias ES registrou mais de 1,2 mil casos de dengue


O Espírito Santo registrou um total de 1.294 notificações de dengue entre o dia dois e o dia 15 de janeiro. Neste período foram registrados 23 casos graves da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica). Da primeira semana epidemiológica (02 a 08/01) a segunda (09 a 15/01) houve um aumento de 20 casos - 637 e 657, respectivamente.

Em todo o ano passado houve 40.761 registros de dengue, com 1.829 notificações da forma grave da doença, incluindo 16 óbitos confirmados e quatro em investigação.

Na primeira quinzena de janeiro de 2011 os municípios que registraram maior incidência foram Pinheiros (623,7), Marilandia (162,1), Bom Jesus do Norte (158,2), Colatina (70,7) e Viana (55,4). A incidência calcula a quantidade de casos de uma doença em relação ao número de habitantes.

De acordo com Arline Alves Zardo, gerente do departamento de Vigilância em Saúde do município, a incidência é calculada com base no número de notificaçoes feitas, ou seja, com base no número de casos que o profissional suspeitou que fosse Dengue. Em 2009 com a implantação de uma equipe de vigilância dentro do Pronto Atendimento Municipal, esse número aumentou significativamente, pois, segundo ela, o índice de subnotificação é muito baixo. Isso não significa que estamos com um número elevado de casos positivos.
 
"Em relação ao controle do vetor, trabalhamos sistematicamente no controle da doença e prevençao de epidemia, eliminando e tratando criadouros com o trabalho do Agente de Combate às Endemias realizando visita domiciliar diariamente em todo o município. Além disso, realizamos investigação e intervenção nos casos de denúncias e solicitações da comunidade. Bloqueio de casos com UBV portátil quando necessário", acrescentou.
 
Como se prevenir: 
- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
- Tirar água dos vasos de plantas;
- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d'água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.;
- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d'água) e mantê-los sempre limpos.