domingo, 30 de janeiro de 2011

Insfestação de mosquito cresce e dengue ameaça a fronteira

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti é preocupante em Ponta Porã. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como tolerável no máximo 1% no município situado na divisa com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, a infestação passa dos 4%. No ano passado a doença matou duas pessoas e 700 tiveram que fazer tratamento na rede pública.
Conforme as informações do secretário municipal de Saúde, Josué Lopes, neste início desse ano a dengue voltou a causar preocupação em virtude do índice de infestação. Ele disse foram detectados focos do mosquito em 4,1% dos imóveis visitados em todas as regiões de Ponta Porã. Os terrenos baldios e casas abandonadas são os locais onde são encontradas as larvas.
Neste início de ano dez casos foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde, sendo que até a tarde de sexta-feira apenas um deles estava confirmado com a doença. Em 2010 o município notificou 1.008 casos, sendo 635 foram confirmados e são pessoas que contraíram a doença em Ponta Porã. Outras 65 pessoas também receberam tratamento, mas informaram que contraíram a dengue em outras cidades ou em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Do total de casos do ano passado, duas pessoas não resistiram e morreram
Para tentar amenizar a situação o setor público de saúde realizou entre os dias 10 e 14 deste mês o Levantamento de Infestação Rápido Aedes (LIRA). Nesse período foram encontrados 46 focos. Onde foram encontradas as larvas, os agentes de saúde conversaram e orientaram os moradores para que tomem providências.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde depois de uma semana os mesmos imóveis receberão novas visitas dos agentes, se não conseguirem eliminar os focos, serão notificados e advertidos e posteriormente multados.

Edilson Melgarejo do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) disse que muitos moradores ainda não estão conscientes de que é preciso limpar os quintais e evitar que embalagens fiquem expostas a chuva e sol. “Tem pessoa que retira o lixo do quintal e joga no terreno baldio. Isso não resolve porque o mosquito vai continuar se reproduzindo da mesma forma”.
Outro ponto levantado pelos agentes refere-se às casas abandonadas. Em algumas casas, cujos moradores viajaram em período de férias no final do ano passado e janeiro deste ano, as piscinas acabaram se transformando em criadouros do aedes aegypti. Os agentes de saúde vão intensificar nos próximos dias a campanha de combate a dengue em todos os bairros de Ponta Porã.

Fonte: Correio do Estado


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