Com as chuvas intensas que têm atingido todo o Estado de Minas Gerais a preocupação cresce em relação ao aumento dos criadouros do mosquito transmissor da doença.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça o pedido à população para que seja redobrada a atenção e as medidas de prevenção à doença.
A providência tomada pela Secretaria em parceria com a Superintendência de Limpeza Urbana é a promoção de mutirões de limpeza em diversas regiões da cidade.
Nesta quinta-feira, as ações acontecem nas regiões de Venda Nova e Barreiro.
Nos duzentos e quinze mutirões realizados contra a dengue na capital em 2010, foram recolhidas mais de 4,3 mil toneladas de lixo e mais de 8,8 mil pneus.
Fonte: Band
Uberaba tem mais de dois mil casos de DENGUE confirmadosCom o início do período chuvoso, a preocupação com a incidência dos casos de dengue aumenta. Sendo assim, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) continua intensificando as ações de combate à dengue, tendo inclusive superado o número de visitas feitas por agentes do departamento de Zoonoses em relação ao ano passado.
Do início do ano até a primeira quinzena de dezembro, 623.030 visitas foram realizadas pelos agentes. Em 2009, foram feitas 606.440. Até o momento foram notificados 3.132 suspeitas de dengue. Do total, foram confirmados 2.314 casos de dengue clássica e dois de dengue com complicações. Outras 624 suspeitas foram descartadas. Restam ainda 192 casos notificados em aberto.
Também foram visitados 39.801 imóveis para bloqueio de suspeitas de dengue. Essa ação é feita em todos os imóveis num raio de nove quarteirões a partir da casa do paciente com suspeita da doença.
No entanto, o último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde constatou que, até esse mês, Uberaba teve 2.969 casos notificados da doença, ficando em 13º lugar no ranking dos municípios mineiros de residência com maior número de casos notificados em 2010. Inclusive, estando à frente de Uberlândia, que ficou em 15º lugar, com 2.771 notificações. Esses dados estão sujeitos a alterações após novo levantamento, que será realizado até o fim do mês.
De acordo com informações da SMS, o último Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro, ficou em 1,1%. Esse percentual indica médio risco. Os depósitos predominantes continuam sendo vasos e pratos (35%), depósitos de água para consumo humano ao nível do solo (16,7%), depósitos fixos como tanques, pias e fontes ornamentais (16,7%), lixo (11,7%).
Conforme o LIRAa, os bairros com maiores infestações são Centro, Jardim Alexandre Campos, São Benedito e Bom Retiro, que têm como principais criadouros do mosquito ralos e caixas de passagem. E ainda João Pinheiro, conjunto Morada do Sol, Boa Vista, Vila Presidente Vargas, Vila Leandro, São José, Jardim das Palmeiras, Jardim Espírito Santo, Nenê Gomes e Tancredo Neves, onde o problema está nos vasos de planta e bebedouros de animais.
Além das visitas realizadas pelos agentes, teve início no dia 20 de novembro o 2º Mutirão da Limpeza 2010. Até o momento foram retirados 33 caminhões de materiais que acumulavam água. O trabalho continua com as equipes percorrendo esta semana o Parque das Américas. O departamento de Zoonoses também recolheu 1.058.283 kg de pneus em 185 borracharias cadastradas. Há ainda visitas a cada 15 dias em pontos estratégicos como cemitérios, ferros velhos, clubes desativados, etc., para evitar proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Fonte: JMonline
Resumo do Estado com as principais cidades em número de notificações
Os casos de dengue em Minas triplicaram em 2010 em relação a 2009. No ano passado, foram 259.024 ocorrências no Estado, um aumento de 211% em comparação aos 12 meses anteriores, quando os registros chegaram a 83.193. A quantidade de mortes pulou de 44 em 2009 para 113 em 2010, um crescimento de 156,8%.
As cidades com maior número de notificações no ano passado são Belo Horizonte (69.599) e Betim (18.755), na Região Metropolitana, e Juiz de Fora (9.301), na Zona da Mata. Proporcionalmente, no entanto, os municípios mais afetados são Carangola (onde houve 10.726,77 pessoas infectadas para cada grupo de 100 mil habitantes), na Zona da Mata, Bom Despacho (6.121,51 por grupo de 100 mil), na Região Centro-Oeste, e Paracatu (3.631,02 por 100 mil), no Noroeste.
No Município de Montes Claros, o aumento decasos sobiram 1.743%.
Em todos os municípios com mais de 100 mil habitantes do Estado, o número de casos de dengue cresceu. Mas em alguns deles, como Montes Claros, os números são mais expressivos. Lá, as notificações saltaram de 371, em 2009, para 6.839, um aumento de 1.743%. Na Região Norte de Minas, foram confirmados em 2010 10.054 casos, contra 768 em 2009. Um crescimento superior a 1.000%.
De acordo com o relatório de ocorrências divulgado nesta quinta-feira (6) pela Secretaria de Estado do de Saúde (SES), uma das principais razões para o avanço da doença está na intensidade do verão 2009/2010, “favorecendo a procriação do Aedes, mosquito transmissor da dengue”.
A nota afirma ainda que a infestação dos imóveis pelas larvas estava elevada em meados da primavera (outubro). O fato foi verificado em vários municípios do Estado, devido a condições climáticas favoráveis ao mosquito, “mesmo com um trabalho intenso de eliminação de criadouros”.
Além disso, houve uma recirculação do sorotipo 1 do vírus da dengue. Segundo a análise, há muito tempo ele não atingia a população, o que acabou ocasionando “uma epidemia de maior magnitude”.
De acordo com o balanço, o número de mortos por dengue hemorrágica em Minas cresceu de 11, em 2009, para 36 em 2010. Complicações da doença tiraram a vida 67 pessoas em 2010, cinco vezes mais que no ano anterior, quando houve 13 óbitos.
Para o secretário interino de Saúde de Montes Claros, Alik Rodrigues da Silva, sem conscientização da população é impossível conter a dengue. “Estamos preparando uma força-tarefa para levar informações à população a partir da próxima quinzena”. Atualmente, o município conta com mais de mil agentes de saúde para atuar no combate à doença, entre funcionários do Centro de Controle de Zoonoses e das secretarias de Educação e Saúde.
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