segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caixas d’água requerem cuidados em Natal RN

Na busca por garantir mais tranqüilidade quanto à oferta de água, historicamente, as pessoas passaram a construir ou comprar caixas d’águas para suas residências ou estabelecimentos comerciais. Armazenar se tornou um hábito bastante comum, mas durante uma reforma ou construção, o consumidor sempre fica pensando sobre qual deve ser o tamanho adequado do reservatório para a sua casa ou estabelecimento comercial. Neste planejamento, também entra no departamento das preocupações, os custos envolvidos para aquisição da caixa. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) orienta a população a construir reservatórios, fundamentais para garantir o armazenamento do produto especialmente quando há necessidade de interromper o fornecimento por algum motivo.

Muitas vezes a prestadora do serviço tem de suspender o fornecimento a fim de realizar melhorias na rede de abastecimento, conter vazamento ou substituir tubulações. Nehilton Barreto, gerente da regional Mossoró da Caern, destaca que “atualmente  99% da população utiliza  algum tipo de reservatório superior (caixa d’ água) ou inferior (tambores, tonéis), e em algumas situações utilizam ambas as formas”.Em locais onde a oferta de água é alternada é bastante comum consumidores utilizarem uma ou delas ou as duas formas de armazenamento. Porém, em algumas áreas, como o bairro de Mãe Luiza, em Natal, pelo menos 30% dos imóveis não possuem caixa d’água, o que agrava o problema de abastecimento quando é necessário realizar algum serviço de manutenção na rede.

Segundo Josildo Lourenço, gerente de projetos da Caern, quando se idealiza um reservatório deve-se seguir as normas de construção hidráulica, planejando o suprimento da água por no mínimo dois dias. Entretanto, esse número pode variar em função da localização da casa e do tipo de utilização do reservatório. Este deve ter a capacidade de acumular um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e antiincêndio.

Precauções

O cálculo para a construção do reservatório deve tomar por base a quantidade de moradores, a indicação de normas brasileiras que preveem que a caixa tenha capacidade de armazenar o líquido para pelo menos dois dias e uma média de consumo de 150 litros por pessoa. Como exemplo, para uma casa de seis pessoas, uma caixa projetada para suprir o consumo de dois litros deverá ser calculado da seguinte forma: 6 (pessoas) x 150 (litros/pessoa.) x 2 (dias) = 1.800 litros. Durante o planejamento deve-se levar em conta que 1.000 litros de água, um reservatório pesa 1.000 quilos, assim, quanto maior a capacidade, mais resistente tem de ser a estrutura.

Apesar do armazenamento, o cidadão deve adotar o uso racional da água, fazendo dessa prática uma rotina diária. O consumidor pode reutilizar água para lavar calçadas, fechar a torneira enquanto se ensaboa ou escova os dentes, além de reduzir vazamentos. Procedimento como estes aliviarão o bolso do consumidor tanto na conta de água, como na estrutura a ser investida no reservatório para garantir a oferta do produto.

Dengue

Importante lembrar que em tempos de epidemia de dengue os cuidados com os reservatórios de água precisam ser constantes. No caso de reservatórios como tambores e tonéis, eles devem ser lavados semanalmente com o auxílio de uma escova na parte interna, além de mantê-los bem fechados, evitando a proliferação de focos de dengue.

Em relação às caixas d’água, a recomendação é verificar as tampas e, se possível, colocar uma tela para que o mosquito não consiga penetrar na água. Reservatórios residenciais destampados ou com tampa de amianto já desgastada pelo tempo e cheia de fissuras, facilitam a proliferação do mosquito da dengue. A população deve manter os reservatórios limpos a cada seis meses e vedados. Esses dois aspectos devem ser observados porque, os ovos do mosquito são resistentes. Aderidos às bordas das caixas, os ovos acompanham o nível da água. Em contato com ela, os ovos eclodem e se transformam em novos mosquitos.


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