sexta-feira, 29 de abril de 2011

O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 13.114 casos de dengue




O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 13.114 casos de dengue, desde o dia 2 de janeiro até o dia 26 de fevereiro. Em 2010, no mesmo período, foram confirmadas 1.664 vítimas do mosquito em todo o estado. As informações são da Secretaria estadual de Saúde. O município de Bom Jesus de Itabapoana apresenta epidemia da doença e outras sete cidades estão em estado de alerta, por conta do aumento do número de casos.
De acordo com o superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica, Alexandre Chieppe, esses locais podem apresentar surto. "Devido ao número elevado, pode ser que venham a configurar surto mais pra frente", afirmou ele.
Em dois meses de 2011, sete pessoas morreram por conta da dengue. Os municípios que registraram morte foram: Nova Iguaçu, Magé, Cabo Frio, São Gonçalo, Maricá, Rio de Janeiro e São João de Meriti.
Bom Jesus, única cidade com surto da dengue, apresenta uma taxa de incidência de 1.950 casos por 100 mil habitantes. Os municípios em alerta são: Cantagalo (852,4 casos/100 mil hab.), Santo Antônio de Pádua (845,5 casos/100 mil hab.), Magé (526,4 casos/100 mil hab.), Cambuci (431,6 casos/100 mil hab.), Itaocara (318,7 casos/100 mil hab.), Seropédica (303,1 casos/100 mil hab.) e Mangaratiba (300,2 casos/100 mil hab.).
Em 2010, as cidades que concentraram o maior número de casos foram Porciúncula (512), Casimiro de Abreu (304), Tanguá (175), Macaé (154), Rio de Janeiro (114), Itaboraí (81) e Campos dos Goytacazes (66). Naquele ano, do dia 2 de janeiro ao dia 26 de fevereiro, foram registrados três óbitos: dois em Macaé e um em Porciúncula.
Aumento era esperadoSegundo o superintendente, o grande aumento do número de casos já era esperado pelas equipes. Segundo ele, isso se explica porque o vírus que voltou a circular é o tipo 1, que estava afastado do estado desde a última epidemia, em 2008.
“A gente já trabalhava com essa hipótese desde o fim de dezembro de 2009, por conta da volta de circulação do vírus tipo 1 em São Paulo e em Minas Gerais. É normal a alternância do vírus. No ano passado tínhamos a circulação do tipo 2 em uma população que já estava imune a esse vírus, por isso os números foram mais baixos. Agora, com o tipo 1, toda a população está suscetível, então as chances são muito maiores”, explicou.
Ele afirmou que os números elevados no início de 2011 não assustam os profissionais de saúde porque, se comparado com os números de 2008, quando o vírus tipo 2 entrou no estado e se deu a epidemia, os atuais registros são baixos. “Os números esse ano ainda são pequenos em relação aos anos epidêmicos, que foram 2008, 2002 e 1993, por exemplo”, afirmou.
Chieppe disse que as ações da secretaria foram intensificadas desde 2009. “Está longe de uma epidemia no estado”, disse ele.

Rio tem 9 bairros com surto
A cidade do Rio de Janeiro tem nove bairros com o surto da dengue. Neles, a taxa de incidência passa de 300 casos a cada 100 mil habitantes O número de registros da doença no município chegou a 5.064 desde o começo do ano, o que significa quase 10 vezes mais se comparado ao mesmo período do ano passado.
Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, teve o maior número de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor da dengue. Em seguida está Barra de Guaratiba.
No Rio Comprido, foram 69 casos somente no mês de fevereiro. A taxa de incidência no bairro é de 272 casos a cada 100 mil habitantes. Os moradores dizem que estão preocupados e que não recebem visita de agente de saúde.
AlertaO superintendente alertou para que pessoas com febre, dores no corpo, atrás dos olhos, nas articulações e ainda manchas vermelhas pelo corpo devem procurar um médico, para evitar complicações. O aviso, segundo ele, é para todos os municípios do Rio, já que no período de verão o número de casos aumenta.
“A gente esta em alerta, a gente implantou uma sala de situação, faz monitoramento dos dados diariamente, temos equipes grandes realizando visitas aos municípios”, contou Chieppe, ressaltando que ainda há um plano de contingência pronto.
De acordo com ele, para que o estado inicie ações mais contundentes contra a dengue é preciso que o Rio de Janeiro apresente uma média acima de 300 casos por 100 mil habitantes. “Não há como interromper a transmissão, isso é impossível. Há casos no mundo inteiro. O que a gente trabalha é para diminuir o número de casos e também os registros de morte”, disse ele.

Chega a 43 número de mortes por dengue no Rio de Janeiro

O número de mortes causadas por dengue no estado do Rio de Janeiro chegou a 43, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (27) pela Secretaria estadual de Saúde. São 14 municípios com registro de mortes, mas a capital é onde foram contabilizados o maior número: 14.
Segundo a secretaria, os outros municípios que tiveram registro de mortes foram: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (4), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (7), Maricá (1), Mesquita (2), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).
De 2 de janeiro a 23 de abril foram notificados 63.996 casos suspeitos de dengue.
No total, 18 municípios estão com índices de epidemia de dengue no estado: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde infirmou que continua sendo observada a redução no número de notificações em alguns municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antonio de Pádua, entre outros 10 municípios que também apresentam redução na quantidade de notificações.
Dengue tipo 4
Na capital, nos três primeiros meses do ano,
o
 número de casos já é maior do que o total dos anos de 2010 e 2009 somados.

No dia 23 de março, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou os dois primeiros casos de dengue tipo 4 no estado. Segundo o secretário Sérgio Côrtes, a confirmação foi dada pela Fiocruz.

As infectadas, conforme informações da secretaria, são as irmãs e estudantes universitárias Caroline, de 22 anos, e Bárbara, de 21, que estão em casa e passam bem. Uma delas precisou ser internada, com fortes dores abominais.

Centro de hidratação
Para enfrentar a doença, a Prefeitura do Rio criou 13 novos centros de hidratação para combater o avanço da dengue na capital fluminense. Com mais de 10 mil casos registrados, a cidade tem nos locais, que funcionam dentro de postos de saúde, estrutura para aplicação de soro e realização de exames de plaquetas nos pacientes. Os postos funcionam todos os dias, das 8h às 20h, inclusive em feriados e fins de semana.



Imóveis fechados receberão multa em Natal

A medida agora é multar. A Prefeitura do Natal publicou ontem, no Diário Oficial do Município, a Lei nº 6.232 que obriga os proprietários de imóveis a permitirem o acesso das autoridades sanitárias competentes para ações de combate à dengue. Quem descumprir a norma poderá pagar uma multa que varia entre R$ 200 e R$ 20 mil.

Se na terceira visita do agente de saúde, os procedimentos relacionados às endemias não forem realizados, a equipe poderá forçar a abertura do imóvel com a ajuda de um técnico especializado neste tipo de serviço. Para isto, os profissionais deverão portar uma declaração da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com os argumentos que comprovem a necessidade do procedimento. A Prefeitura não dispõe, porém, de dados atualizados sobre a quantidade de imóveis fechados em Natal.

De acordo com Alessandre Medeiros, chefe da Divisão de Zoonoses, os dados do primeiro ciclo de visitas de 2011 ainda não foram tabulados. As últimas estatísticas, do final de 2010, apontaram que cerca de 19,3% dos imóveis da capital estavam fechados (permanentemente ou no horário comercial). De acordo com dados do Centro de Controle de Zoonoses, também do ano passado, Natal contabiliza aproximadamente 308 mil imóveis. Por esses dados, existem cerca de 59,4 mil endereços fechados em Natal. Se todos forem multados pelo valor mínimo estipulado – R$ 200 - os cofres municipais sofrerão um aporte de aproximadamente R$ 11,9 milhões.

 O destino dos valores arrecadados com as multas que poderão ser aplicadas é a conta da Vigilância Epidemiológica, de acordo com o procurador geral do Município, Bruno Macedo. “A destinação das multas é a mesma daquelas que são aplicadas pela Vigilância Epidemiológica. Os recursos são utilizados para ações da própria Secretaria de Saúde”, afirmou.

De acordo com o texto da Lei,  o valor da multa será determinado levando-se em consideração alguns aspectos do imóvel e da situação de epidemia no entorno (rua, bairro) da residência ou terreno. 

O grau de relevância, a capacidade econômica do proprietário e a extensão do prejuízo causado à Saúde Pública, são os itens que norteiam a matemática dos valores das multas. 

O artigo 11 da Lei diz que se “confirmada administrativamente a cobrança das multas previstas, o infrator será notificado para efetuar o pagamento no prazo de 30 dias, sob pena de inscrição em dívida ativa”. A lei entrará em vigor a partir do momento em que o Poder Executivo regulamenta-la. O que poderá ocorrer em até 60 dias.

Novos agentes não estão nas ruas

Hoje completa duas semanas que a Prefeitura do Natal assinou o contrato de prestação de serviços com o Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI). Num intervalo de 15 dias, duas reuniões entre os coordenadores do Centro de Controle de Zoonoses - responsáveis pelos gerenciamento dos trabalhos dos agentes de saúde e mapeamento das áreas vulneráveis em Natal – e diretores do ITCI foram realizadas.

adriano abreuCasas abandonadas ou fechadas podem ser focos de dengue
Casas abandonadas ou fechadas podem ser focos de dengue
Somente ontem, o ITCI solicitou ao chefe da Divisão de Endemias, Alessandre Medeiros, o mapeamento das áreas mais críticas em Natal. “Nós estamos aguardando que a organização comece a trabalhar. Esperamos que com este documento, os agentes terceirizados entrem em ação”, disse. Dados do Ministério da Saúde, apontam que cada agente deve percorrer entre 800 e 1000 domicílios em cada ciclo de visita, a cada dois meses. 

Em Natal, porém, de acordo com a promotora da Saúde, Kalina Filgueira, nem o primeiro ciclo foi concluído. “A situação que existe hoje era de conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde desde o ano passado e nada foi feito. Os agentes não estão cumprindo a carga horária por falta de gestão. Cabe ao gestor impor o cumprimento das horas”, afirmou Kalina. Por descumprimento à recomendações  anteriores do Ministério Público, o secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, já foi multado em três promotorias diferentes, conforme informou Kalina.

Além destes pontos, a falta de estrutura das unidades de saúde municipais serão analisadas pela promotora. A falta de medicamentos e profissionais de saúde em inúmeros postos da rede básica, superlotam o hospital Giselda Trigueiro. “O Município foi alertado para estruturar unidades básicas de saúde e não o fez”, ressaltou Kalina. A promotora afirmou que irá analisar a denúncia feita pela TRIBUNA DO NORTE na edição da terça-feira passada, onde foi mostrada a falta de medicamentos na farmácia do posto de saúde e a abundância de insumos para o Centro de Hidratação. “A promotoria do Patrimônio Público está analisando a legalidade do contrato. Nós vamos analisar a falta de medicamentos e o descumprimento às nossas recomendações. Esta priorização não é correta”, advertiu a promotora.

Centro de hidratação será mais divulgado

Atendendo a uma convocação do gabinete da prefeita Micarla de Sousa, o secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, se reuniu com o diretor executivo do Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI), Ricardo Oliveira, na tarde de ontem. Além dos gestores, estiveram presentes técnicos do Centro de Controle de Zoonoses, do Instituto e o secretário municipal de Comunicação Social, Jean Valério.

  De acordo com Thiago Trindade, o encontro foi de suma importância para a definição de novos pontos no combate ao mosquito da dengue e análise inicial das metas determinadas pela Prefeitura em relação à organização social. Além disto, ampliar a publicidade acerca do funcionamento do Centro de Hidratação, foi um dos pontos discutidos na reunião. 

 “Nossa maior preocupação é dar maior publicidade às ações desenvolvidas pelo Instituto. O cidadão deve saber mais sobre os serviços. Nós discutimos uma estratégia de comunicação maciça”, disse Thiago. Além desta ação, discutiu-se a formação de uma equipe de auditores para acompanhar os serviços do Centro de Hidratação.

 A equipe será formada por funcionários da própria Secretaria Municipal de Saúde e da Corregedoria Geral do Município. Sobre o início dos trabalhos dos agentes contratados, o secretário acredita que será hoje. Tudo depende, porém, de uma reunião com representantes da SMS. 

 “Os agentes estão prontos para começarem a trabalhar amanhã (hoje). Haverá uma reunião com o  Departamento de Vigilância em Saúde com os agentes terceirizados para definir a linha de trabalho”, afirmou Thiago. Ele acredita que as ações começaram pelos prédios públicos (escolas, postos de saúde) e depois se estenderão para as residências, prédios comerciais e terrenos.

Mortes suspeitas por dengue em Ribeirão Preto superam 2010

O número de mortes suspeitas por dengue nos primeiros quatro meses deste ano já supera o total registrado em 2010 em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

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De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, 15 vítimas da doença foram submetidas a investigações sobre causas de óbito desde janeiro de 2011.

Exames confirmaram uma morte por dengue e descartaram outras oito. Seis casos ainda estão em análise.

A Secretaria da Saúde aponta que 9.175 pessoas foram infectadas pelo Aedes aegypti em Ribeirão neste quadrimestre.

No ano passado, quando a cidade registrou 30 mil casos da doença, 11 mortes foram investigadas --em nove registros, a dengue foi confirmada como causa.

O professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Victor Hugo Aquino, acredita que o número de casos graves deve aumentar em consequência de uma hiperendemia de dengue.

Ele estima que 70% da população de Ribeirão já esteja infectada por algum dos sorotipos da doença.

Apesar de ficar imune ao tipo de vírus contraído na primeira vez, a pessoa corre risco de ter, numa segunda infecção, a forma hemorrágica, a mais grave da dengue.

Neste ano, foram registrados 20 casos desse tipo -um terço do total de 2010.

A Secretaria da Saúde, no entanto, não considera que esses dados sinalizem o recrudescimento da epidemia.




Mato Grosso registra mais de 5 mil casos de dengue em 2011

Mato Grosso já notificou 5.479 casos de dengue este ano e 5 óbitos, sendo 4 confirmados e 1 em investigação. Os dados são do dia 1º de janeiro até 27 de abril.
Os municípios que tiveram a notificação de óbitos foram General Carneiro (1 caso confirmado), Pedra Preta (1 caso confirmado), Colider (1 caso confirmado), Cuiabá (1 óbito em investigação), Torixoreu (1 confirmado).
As notificações no ano passado, no mesmo período, foram de 37.188 casos.
Segundo o superintendente de vigilância em saúde, Oberdan Lira, o Estado mantém o alerta no monitoramento sobre o novo sorotipo da dengue, o DEN 4 que tem circulação em alguns estados do país, porém em Mato Grosso ainda não se tem notificação de nenhum caso do novo sorotipo. O Estado estendeu o alerta aos 141 municípios.

Paraná tem mais duas mortes por dengue


Boletim confirma mais um óbito em Ibiporã e outro em Londrina


A Secretaria de Saúde do Paraná divulgou um novo boletim sobre a dengue e confirmou mais duas mortes. Foram notificados 46.442 casos, sendo que 15.173 foram confirmados (14.859 autóctones e 314 importados). As mortes ocorreram em Ibiporã e Londrina.

Também cresceu o número de locais com notificações da doença. Dos 399 municípios do estado, 305 já registraram ao menos uma suspeita de dengue – em 160 deles há confirmação. Ao todo são 46.442 em 2011.

Londrina continua sendo o município com mais casos confirmados. Agora são 5.328 registros, um aumento de 589 em relação à semana passada.

Na primeira reunião do Comitê Gestor Intersetorial para o Controle da Dengue realizada em Curitiba foi lançado o novo programa estadual, que substituirá o plano emergencial lançado em janeiro deste ano. O novo plano prevê ações para o ano inteiro, a fim de evitar que municípios atuem no combate à dengue somente em determinadas épocas.